9º ANO - VARIAÇÕES LINGUISTICAS

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1) Por que existem sotaques diferentes no Brasil?



VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

São chamadas de variações linguísticas as diferentes formas de falar o idioma de uma nação, visto que a língua padrão de um país não é homogênea. No Brasil, por exemplo, essas variantes são percebidas nos diversos dialetos existentes como o mineiro, carioca, gaúcho, baiano, pernambucano, sulista, paulistano, etc.

O sistema de línguas é formado por um conjunto de variantes que podem ser sociocultural, estilístico, regional, etário e ocupacional. Isso faz com que cada grupo social, de diferentes ocupações, faixas etárias e regiões criem o seu próprio dialeto, que é a sua forma de comunicação coloquial. 

Assim, é possível perceber que as variações linguísticas estão presentes nas comunicações verbais das pessoas, em diferentes partes do mundo. Elas ocorrem sob influências dos contextos social, regional e histórico, em que tais processos de construção da fala ajudam a caracterizar a forma como o sujeito vai se comunicar com o seu grupo.

Tipos de variações linguísticas

As variações linguísticas podem sofrer influências: 

• Geográficas ou diatópicas: englobam o local em que ocorre a variação. Exemplos: inglês americano e britânico, português brasileiro e de Portugal. 

• Históricas: englobam a transição do idioma com base no contexto histórico. Exemplos: português medieval e português atual.

• Sociais ou diastráticas: englobam as classes sociais, considerando que cada grupo usa palavras restritas à sua comunidade, tendo em vista fatores como os diferentes graus de escolaridade. As variações desse tipo chamam-se dialetos, que são as formas de expressão na oratória adotadas por uma comunidade falante do mesmo idioma.  O campo de estudo sobre as variações desse tipo abrangem os socioletos, que são as formas de falar em comum a um grupo social. 

• Situacionais ou diafásicas: englobam a situação do diálogo, tratando-se de um contexto formal ou informal. 

Dialetos regionais e preconceito linguístico 


Biscoito ou bolacha são duas formas corretas e aceitáveis de nomear um alimento. 

O português brasileiro é composto por dialetos regionais, o que possibilita que substantivos recebam outros nomes a depender da localidade em que são ditos. É o caso de biscoito e bolacha; sandália e chinelo; macaxeira, aipim e mandioca; tangerina e mexerica, etc.

Essas variações podem causar situações de preconceito linguístico - manifestação de intolerância ou desprezo pela forma de falar do outro, fazendo juízo de valor por ser um dialeto diferente. 

Normalmente, o preconceito linguístico ocorre em tom de deboche, quando alguém acredita que a sua maneira de falar é superior. Nesse contexto, tem-se a gíria, um dialeto informal característico de pequenos grupos, com palavras que sofrem alterações ou caem em desuso com o passar do tempo. 

Um comentário:

  1. 1)
    As origens dos sotaques brasileiros estão na colonização do país feita por vários povos em diferentes momentos históricos. O português, como se sabe, imperou sobre os outros idiomas que chegaram por aqui, mas sofreu influências do holandês, do espanhol, do alemão, do italiano, entre outros. 2)(diastráticas), regionais (diatópicas), históricas (diacrônicas) e estilísticas (diafásicas).

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